terça-feira, 6 de outubro de 2009

Um pouco sobre o modelo LES: Parte I

Um pouco sobre a origem da simulação de grandes
vórtices:

Na Camada Limite Planetária (CLP), os maiores vórtices,
por possuírem maior parte da energia, são os principais
responsáveis pelas características físicas da camada –
especialmente a Camada Limite Convectiva (CLC).
São esses vórtices que transportam quase toda a grandeza
de fluxos de calor e momentum e ocupam uma
proporção razoável (embora normalmente menos de 50%)
da camada devido às suas dimensões.

Assim, o modelo de simulação de grandes vórtices, ou
modelo LES (Large-Eddy Simulation), tem como filosofia
a simulação do comportamento dos vórtices que contêm
energia e a parametrização dos menores. A separação
entre os vórtices é feita através de um filtro passa-baixa,
ou seja, os vórtices de menor freqüência (maiores
comprimentos de onda) são filtrados e simulados,
enquanto que os de maior freqüência são parametrizados.

Chamamos a escala dos grandes vórtices de escala
resolvida, enquanto que a escala dos menores vórtices
é chamada de escala de subgrade, ou escala de subfiltro.
Por isso, diz-se que a filosofia do LES situa-se entre a
Simulação Numérica Direta (DNS) e a Média de
Reynolds em Navier-Stokes (RANS), pois não simula
todas as escalas como no DNS, mas parametriza os
menores movimentos, como no RANS.

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