sexta-feira, 26 de março de 2010

Uma ilha a menos...

Aquecimento global afunda ilha disputada

Índia e Bangladesh brigavam por território, que acabou submerso após aumento do nível do mar. O aquecimento global pôs fim, quem diria, a uma disputa diplomática que se estendia por quase três décadas.

Desde os anos 80, Índia e Bangladesh disputavam a posse de uma ilha rochosa e inabitada na Baía de Bengala. A briga acabou: o aumento do nível do mar, supostamente causado pelo degelo resultante das mudanças climáticas, submergiu o pomo da discórdia. A ilha New Moore (ou Talpatti do Sul, para os bengalis), no arquipélago das Sunderbans, tinha 3,5 quilômetros de comprimento por 3 quilômetros de largura. Não havia estruturas permanentes erguidas, mas em 1981, em um gesto de desafio, militares indianos hastearam uma bandeira nacional no local.



Em 1996, outra ilha próxima – Lohachara – submergiu, forçando seus habitantes a mudar-se para o continente. Além disso, metade de uma terceira ilha, Ghoramara, também está debaixo d’água. Segundo os cientistas da Escola de Estudos Oceanográficos da Universidade Jadavpur, em Calcutá, houve uma aceleração alarmante no ritmo de aumento do nível do mar na Baía de Bengala durante a última década – de 3 para 5 milímetros anuais. Há pelo menos mais 10 ilhas em risco de submersão em Sunderbans, afirmou o oceanógrafo Sugata Hazra, professor da instituição.



Apesar do desaparecimento de New Moore, a demarcação da fronteira marítima, bem como a determinação de quem controla as ilhas restantes, permanece uma disputa em aberto.

Fonte: zerohora.com.br

A Amazônia e o IPCC

O cientista Simon Lewis, da Universidade de Leeds, na Grã-Bretanha, diz que decidiu entrar com uma ação contra o "Sunday Times" na Comissão de Queixas contra a Imprensa após reclamar diretamente ao jornal, sem sucesso, por ter sido citado na reportagem com declarações que supostamente apoiavam a tese de que a informação do relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) estava incorreta.

"A verdade é que a informação do IPCC é correta, a Amazônia é vulnerável a reduções na quantidade de chuvas, mas o IPCC cometeu um erro ao fazer referência a um relatório de uma ONG ambiental em lugar do estudo científico original", disse Lewis em entrevista por e-mail à BBC Brasil.

Para ele, "alguns pequenos erros no relatório de 3.000 páginas do IPCC não mudam os fatos básicos sobre as mudanças climáticas, de que os humanos estão provocando um impacto sobre o sistema climático e que mais mudanças podem provocar graves problemas sociais, econômicos e ambientais para muitas pessoas no mundo".

Lewis diz acreditar que esses pequenos erros têm sido usados por pessoas que se opõem aos consensos científicos para atacar o IPCC.

A BBC Brasil entrou em contato com o "Sunday Times" para perguntar a posição do jornal em relação às reclamações de Lewis, mas não obteve uma resposta até o fechamento deste texto.



Polêmica reforçada

A polêmica em relação às informações do relatório do IPCC sobre as consequências das mudanças climáticas para a Amazônia foi reforçada no início de março com a publicação de um estudo da Universidade de Boston, encomendado pela Nasa, a agência espacial americana, sustentando que a floresta amazônica é mais resistente à seca do que indicavam estudos anteriores.

A pesquisa, publicada na revista especializada "Geophysical Research Letters", supostamente reforçava as ideias contrárias à tese da savanização da Amazônia, ao afirmar que imagens de satélites não haviam mostrado diferenças na intensidade do verde da floresta entre períodos de seca e de chuvas mais intensa.

Em resposta, um grupo de 19 cientistas, especialistas em clima e floresta amazônica, publicou uma carta de contestação na qual afirmavam que as imagens de satélite não necessariamente tinham relação com o que estava realmente acontecendo com as árvores no solo.

Os cientistas dizem que a pesquisa da Universidade de Boston é útil para ajudar no entendimento do comportamento da floresta, mas argumentam que ela foi utilizada de maneira incorreta para tentar contestar as conclusões do IPCC.

Fonte (texto): G1.com

Novo tipo de nuvem: Asperatus

Apesar de seu formato impressionante, as formações de um determinado tipo
de nuvem (foto) ainda não foram oficialmente reconhecidas com um nome.



Elas têm sido vistas sobre toda a Grâ-Bretanha (e também em outras partes
do mundo, como a Nova Zelândia) em diferentes formas; mas apesar de seu
formato normalmente ameaçador, costumam se dissipar antes de provocarem
tempestades.

Especialistas acreditam que tal fenômeno não se encaixa em nenhuma classificação
conhecida, merecendo a sua própria. Assim, meteorologistas da Royal Meteorological
Society (RMS) tentam batizá-la com a palavra "Asperatus". Seria a primeira nova
classificação de nuvens em mais de meio século.



"É como ver o mar agitado por baixo", disse Gavin Pretor-Pinney, fundador da
Sociedade de Apreciação de Nuvens, que primeiro identificou este tipo de
nuvem a partir de fotos enviadas pelos seus membros.



Agora, o objetivo da RMS é obter mais detalhes com relação a sua formação
para depois pedir a OMM que inclua este tipo no Atlas Internacional de Nuvens.

Fonte: dailymail.co.uk

Nuvens Noctilucentes

As nuvens noctilucentes são raramente observadas devido principalmente a
altitude em que se formam. São observadas na mesosfera, em uma altitude de
cerca de 75 a 85 km. Nesse nível, só são vistas a olho nu quando iluminadas
por raios solares vindos do horizente, preferencialmente durante o pôr-do-sol,
quando são iluminadas por baixo.



O nome da nuvem deve-se ao fato de serem brilhantes à noite. Também
são chamadas de nuvens mesosféricas polares. Têm um formato quase sempre
lenticular, com cores variando do azul ao roxo por causa da absorção de luz
solar do ozônio.



Essas nuvens ocorrem somente em condições específicas: precisam de
umidade para se formarem, o que é raro em tais altitudes (as moléculas
de água são quebradas pela radiação ultravioleta). Por isso, prevalecem
em épocas de fraca intensidade solar, quando a radiação UV é menor.

Também tendem a se formar quando a mesosfera está  mais fria, isto é,
em regiões próximas aos pólos, nos verões.



Alguns cientistas associam o aumento na ocorrência deste tipo de nuvem
nos últimos anos ao aquecimento global, pois a mesosfera tende a se resfriar
a medida que a troposfera esquenta.

Fonte (texto): Paul Hardaker
Fonte (figuras): randyoregon; spacew.com

quarta-feira, 24 de março de 2010

Previsão do Tempo da Skol

http://www.skol.com.br/nasareias/garotadotempo.aspx

Dica: Leonardo Calvetti

Vendavais causam destruição no RS

Fortes vendavais e chuvas ocorridos na madrugada de ontem afetaram 500 mil pessoas, principalmente em 16 municípios do Rio Grande do Sul, conforme informou a Defesa Civil do Estado. Quedas de postes e de galhos na rede elétrica, entre outros problemas, deixaram mais de 100 mil clientes sem energia na manhã de ontem (22/03/2010).



Houve destelhamentos em moradias e em vários prédios, como um hospital e um quartel da Brigada Militar em Três Passos, onde há 18 mil pessoas afetadas e 200 desalojadas. Os municípios de Horizontina (18 mil afetados, 1.040 desalojados e 1,28 mil residências atingidas), Tupanciretã (12 mil afetados), Santo Cristo (9,5 mil afetados), Ibirubá (6 mil afetados) e Carazinho (5,5 mil afetados) também foram prejudicados.



Em Horizontina, também na região Noroeste, os ventos chegaram a 146 quilômetros por hora durante a madrugada. A tempestade colocou no chão árvores e postes de luz, além de destruir uma marcenaria na zona industrial e arrancar o telhado e as grades de ferro que cercam a Escola Municipal Monteiro Lobato.

Fonte: correiodopovo.com.br; g1.com


sexta-feira, 19 de março de 2010

Americanos acham exagerada a discussão climática

Chega a quase metade o número de americanos que acham exagerada a preocupação com o aquecimento global, e cada vez mais eles duvidam de que os alertas científicos sobre tragédias climáticas irão se concretizar, segundo uma nova pesquisa Gallup.




O movimento da opinião pública é registrado num momento em que o presidente Barack Obama pressiona o Congresso a aprovar leis para a redução das emissões de gases do efeito estufa.

A pesquisa foi divulgada no mesmo dia em que o governo divulgou no Texas um relatório salientando as ameaças a aves por causa da mudança climática. Em ano de eleições parlamentares nos EUA, muitos congressistas hesitam em aprovar leis energéticas e ambientais polêmicas, especialmente se o interesse do eleitorado sobre esses temas estiver em queda.


Em todo o mundo, as preocupações com a mudança climática perderam espaço para as questões econômicas, segundo pesquisa Nielson/Universidade de Oxford de dezembro, que apontou uma maior preocupação com o tema na América Latina e nos países da Ásia-Pacífico, como as Filipinas, onde tufões são uma grande ameaça.

Embora as preocupações com o clima nos EUA tenham caído significativamente na pesquisa Nielson, elas ainda apareciam bem à frente do índice de preocupação em países do Leste Europeu, como a Estônia, que vinham na "lanterna" da pesquisa.

Em resposta à escalada de ataques por parte de pessoas e grupos céticos em relação à mudança climática, a União dos Cientistas Preocupados divulgou na quinta-feira uma carta assinada por mais de 2 mil cientistas e economistas, inclusive alguns ganhadores do Nobel, pedindo ao Senado dos EUA que aprove a lei climática.

"A força das evidências sobre a mudança climática nos leva a alertar a nação sobre o risco crescente de consequências irreversíveis (...). Conforme a temperatura subir mais, a abrangência e gravidade dos impactos do aquecimento global vão continuar se acelerando", escreveram.



A pesquisa Gallup, realizada de 4 a 7 de março, indica uma reversão no sentimento da opinião pública a respeito de uma questão que envolve não só o meio ambiente, mas também preocupações relativas a economia e segurança nacional.

O número de norte-americanos que veem exagero nos alertas sobre o aquecimento passou de 31% na primeira pesquisa do Gallup sobre o tema, em 1997, para 41% no ano passado e 48% agora. Para 19%, os efeitos do aquecimento global não irão acontecer; para 16%, não acontecerão no seu período de vida.

A pesquisa, que ouviu 1.014 adultos e tem margem de erro de quatro pontos percentuais, foi feita após as notícias de que detalhes científicos dos relatórios da ONU sobre o aquecimento haviam sido distorcidos ou exagerados.


Fonte (texto): terra.com.br

Mudanças climáticas e doenças

As mudanças climáticas terão efeitos indiscutíveis na saúde, como o aumento das alergias e doenças transmitidas por mosquitos, e o aumento de problemas intestinais ligados à falta de água, advertiram nesta sexta-feira em Paris especialistas em clima e saúde.


"Em 2050, um em cada dois verões (hemisfério norte) se assemelhará à onda de calor de 2003", que na França causou a morte de milhares de pessoas, indicou o diretor da Agência Sanitária do Meio Ambiente e do Trabalho (AFSSET), Dominique Gombert.

Segundo ele, já é possível prever que o aumento das temperaturas durante o verão provocará um forte avanço da mortalidade entre as pessoas mais velhas, ou frágeis. Além disso, as ondas de frio serão mais intensas, inclusive mais mortíferas, acrescentou o diretor.

Alguns poluentes - como as partículas finas -, também aumentarão, devido ao aquecimento global, acrescentou. "Serão mais precoces e permanecerão por mais tempo", explicou Gombert.


"Esta poluição terá os mesmos efeitos dos picos de poluição atuais, que geram um aumento das doenças respiratórias (bronquite, asma) e problemas cardiovasculares, assim como uma sensibilidade maior às infecções causadas por micróbios", advertiu. O aquecimento global provocará uma redistribuição da vegetação no território: por exemplo, a oliveira tentará subir para o norte.

Além disso, acrescentou, as árvores com pólen se estenderão, e por isso os períodos com muito pólen vão aumentar, o que provocará mais casos de alergias, indicou. São previstos também outros problemas de saúde, como cânceres de pele, devido à intensificação dos raios solares, e o aumento das doenças como a febre tifóide ou a cólera, porque a água será mais escassa e mais contaminada, alertou.


O especialista ressaltou que, embora as ameaças dos efeitos do aquecimento planeta pareçam claras, as medidas para proteger a saúde das pessoas são menos evidentes. Para reduzir os fatores de risco, será preciso desenvolver a cultura da "adaptação", mas essa meta se depara com dificuldades, como a falta de interesse dos médicos, afirmou outro especialista.

"O aquecimento global é um tema que interessa aos meios de comunicação, mas menos aos médicos", lamentou William Dab, professor da cátedra de Higiene e Segurança no Conservatório Nacional das Artes de Paris. Segundo ele, as mudanças climáticas não são "um risco a mais", entre outros, e sim "uma mudança de escala do risco", dada a quantidade de pessoas expostas.

O Observatório Nacional sobre os Efeitos do Aquecimento Global (Onerc) sugere algumas maneiras de combater esses efeitos das mudanças climáticas na saúde, entre elas umas supervisão maior dos agentes infecciosos e da qualidade da água e do ar.

Fonte (texto): Terra.com.br

Nota do blog: Como associar o aquecimento global com o aumento da
intensidade dos raios solares?

A migração de aves e as mudanças climáticas

TVEFE] Cerca de 225 cientistas de todo mundo participam do II Congresso Internacional sobre Migração e Mudança Climática, em Algeciras, na Espanha. Os últimos estudos sobre migração de aves evidenciam que a mudança climática está influenciando na reprodução das espécies migratórias.


Fonte: Yahoo.com

quinta-feira, 18 de março de 2010

Formação do Granizo

Vídeo do History Channel explica, de uma forma simples,
como se forma o granizo.

Supercélula na Argentina, Janeiro de 2010

O vídeo, em alta rotação, mostra o desenvolvimento de uma
supercélula no norte de Santa Rosa, Argentina, em 05/01/2010.



No interior desta supercélula de grande vorticidade, considerada
um mesociclone, nota-se a evolução de várias nuvens funil.
No final, a fusão de algumas destas nuvens quase dá origem a um tornado.

Fonte: J. R. Hehnly / Okstorms.com

terça-feira, 16 de março de 2010

Off-Topic: Informação do blog

Os textos dos posts anteriores a hoje, 16/03, perderam a formatação
original (frases ficaram quebradas) com a mudança de modelo do blog.

Paciência.

Tempestade em São Paulo 14/03/2010

A região entre São Paulo, Vale do Paraíba e Rio de Janeiro
sofreu com as tempestades do último fim de semana. Chuvas
torrenciais e rajadas de vento de quase 90 km/h causaram
muitos transtornos.



No Rio, o show do Guns n' Roses teve que ser cancelado
quando parte do palco desabou com a chuva.




Fonte: G1.com; band.com

segunda-feira, 15 de março de 2010

Erupção elétrica

A foto foi tirada em 03/05/2008. Trata-se da erupção do vulcão
Chaitin, no Chile, depois de 9000 anos de hibernação. A erupção
ocorreu no momento de uma grande tempestade elétrica.



Fragmentos de rocha e poeira da erupção ao colidirem com partículas de gelo
da nuvem provocaram intensas descargas elétricas.

Fonte: National Geographic

Anita

Centros de meteorologia do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná
batizaram de Anita a tempestade tropical que surgiu próxima a costa brasileira
na semana passada. O nome é em homenagem a Anita Garibaldi, heroína
da Revolução Farroupilha de 1835.



Apesar de não ter provocado praticamente nenhum transtorno no continente
o batismo do fenômeno torna-se necessário para facilitar a identificação,
haja visto que tal evento já é objeto de estudo devido a sua raridade.

Fonte: clicrbs.com.br
Dica: Marcelo Brauer

sexta-feira, 12 de março de 2010

Diretor do Inpe responde

O site G1.com entrevistou o diretor do Inpe Gilberto Câmara.
Apesar do enfoque principal ser a compra de um novo supercomputador,
temas como a contrução de um satélie brasileiro e o aquecimento
global também foram discutidos. Abaixo, alguns trechos da entrevista:

G1 - Com eventos climáticos extremos, monitorar e prever o tempo se torna cada vez mais importante. O Inpe está preparado essa exigência?
Gilberto Câmara - Estamos terminando de comprar um novo supercomputador. Vamos ter uma máquina de 16 teraflops [16 trilhões de operações matemáticas por segundo]. Deverá ser a maior máquina de previsão do tempo do mundo, e esperamos que até meados do ano ela já esteja funcionando.

Hoje temos um modelo de previsão do tempo com uma grade de 20 quilômetros. Isso significa que cada ponto onde é calculada a previsão fica a 20 quilômetros do mais próximo. Até o final do ano vamos passar para cinco quilômetros, e poderemos capturar eventos mais localizados. A gente conseguiria, em São Paulo, saber a diferença entre a chuva que vai cair Zona Leste e a que vai ocorrer no Centro.



Fizemos uma simulação para saber como teria sido a previsão dos eventos climáticos em Santa Catarina [que ocorreram em 2008] se nós já tivéssemos um supercomputador desses. A previsão teria sido bem mais apurada. Ela não foi ruim, mas não teve detalhes suficientes para antecipar a magnitude do evento.

G1 - E quanto a nova máquina vai custar?

Gilberto Câmara - Ao todo nós recebemos R$ 50 milhões do governo, em uma cooperação entre o Ministério da Ciência e da Tecnologia (MCT) e a Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo). Isso inclui a máquina, que deverá custar entre 30 e 35 milhões, manutenção, pessoal e outros custos, já que um computador desses puxa 600 kVA de energia. Tem que ter uma central de ar condicionado e uma central elétrica só para manter essa máquina.


G1 - Em dezembro, a desativação do satélite Goes 10 mostrou que dependemos dos norte-americanos para monitorar o tempo a partir do espaço. O Brasil tem condições de ter os seus próprios satélites com essa função? Existem planos para isso?


Gilberto Câmara - O satélite Goes 10 tinha sido emprestado pelos EUA para a América Latina. Antes, ele ficava mais ou menos em cima de Quito, no Equador, para ver furacões no Golfo do México, e depois foi movido para cima do Brasil. Era um satélite de segunda mão, pois já tinha sido usado e foi substituído por outro. Eles vão emprestar mais um a partir de maio. Então estamos vivendo de satélite emprestado.
Em médio prazo, o Brasil precisa ter um satélite nessa posição para não depender dos norte-americanos. Temos uma relação excelente com a Nooa [órgão norte-americano que mede as condições do oceano e da atmosfera], mas o plano é ter um satélite geoestacionário nosso.

O Inpe já apresentou esse plano para a Agência Especial Brasileira [AEB], e agora é questão de dinheiro. Custa cerca de 800 milhões de reais. Eu acho que não é muito para o Brasil, que está comprando rafales a bilhões de reais, usando tecnologia dos outros. Esses R$ 800 milhões seriam para desenvolver com tecnologia nacional. Não nos interessaria comprar satélites prontos. Isso o Inpe não faz.

O Brasil é um país tropical onde o território tem uma enorme importância econômica, política, até quase afetiva com seu território. O Brasil precisa monitorar a Amazônia, o Cerrado, a costa, o oceano, o clima. Temos que melhorar sempre a capacidade de tomar conta do país. Estamos discutindo isso com a AEB e estamos otimistas.

G1 - No início de 2008 houve uma polêmica com o governo de Mato Grosso sobre o monitoramento da Amazônia, depois uma rusga com o Ministério de Minas e Energia por causa do apagão. Isso mostra que o trabalho do Inpe pode incomodar o poder público. Os cientistas têm conseguido trabalhar com liberdade dentro desse ambiente?
Gilberto Câmara - Se nós fizermos uma escala de liberdade de ação dos institutos do estado como o Inpe, IBGE e Embrapa, veremos que o Brasil está em um grau superior de maturidade em comparação com a China, Índia ou Rússia. Temos as melhores práticas públicas de transparência do mundo. O ponto de referência são os EUA, mas mesmo lá os cientistas da Nasa chegaram a ser censurados.

A partir do governo Lula, o Inpe consolidou a política de disseminação ampla de todos os seus dados. Uma política aberta facilita muito a apreensão da sociedade e reduz os riscos de manipulação. Eu já tive divergências com vários ministros, mas nunca me pediram para tirar alguma coisa da internet.


G1 - O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) está sofrendo uma crise, primeiro com o vazamento de mensagens trocadas entre cientistas, depois com a acusação de seu presidente faz assessoria para empresas. Muitas pessoas dizem que tudo isso é orquestrado. Qual sua opinião sobre esses casos?
Gilberto Câmara - O IPCC está com as verdades inconvenientes. Algumas dessas verdades são muito graves e têm um impacto enorme na sociedade atual e no futuro. É mais fácil desconstruir o IPCC do que enfrentar o fato de que é preciso mudar as práticas de uso de energia do mundo. É uma campanha orquestrada, do mesmo jeito que, nos anos 1960, os institutos de pesquisas associados aos grandes produtores de cigarro negavam insistentemente que havia risco à saúde ao fumar.



No caso daqueles e-mails [que vazaram], não há nada de anormal, de excepcional. São comentários que os cientistas fazem, às vezes por gozação. Além disso, os dados de evidências de mudanças climáticas não são só trabalhados por aquele grupo britânico. A quantidade de dados consistentes sobre aquecimento global são muito grandes, de muitas fontes independentes, de observação de muitos fenômenos, desde gelo do ártico, temperaturas observadas no Havaí, aumento do nível do mar, diminuição das geleiras, temperaturas mais quentes no verão europeu, aumento das chuvas e tempestades no Brasil.

Fonte: G1.com

Imagens 3D do centro de baixa pressão na costa de SC

NASA divulgou imagens 3D (satélite TRMM) do fenômeno. As
características deste centro de baixa são similares ao furacão
Catarina, de 2004.



A NASA batizou o fenômenos de "tempestade tropical 90Q". A agência
espacial japonesa (JAXA) também colaborou na montagem tridimensional
das figuras.



Fonte: G1.com

quinta-feira, 11 de março de 2010

Magma pode estar derretendo gelo da Groelândia

O aquecimento global pode não ser o único fator a provocar o derretimento do gelo
da Groelândia. Cientistas descobriram que pelo menos uma fonte de magma sobre a
ilha do Ártico poderia contribuir no processo.



Nos últimos anos, o gelo da Groelândia vem se derretendo e escoando cada vez mais
rapidamente para o mar; uma quantidade recorde de gelo derretido ocorreu no
último verão, de acordo com dados recentemente liberados, e o aumento da temperatura
global é o suspeito de ser o principal motivo.

Mas sinais de uma nova contribuição natural para o derretimento surgiu quando
cientistas descobriram um local onde a crosta terrestre é mais fina, na parte
nordeste da plataforma de gelo da Groelândia, em que o calor do interior da Terra
poderia penetrar. A pesquisa foi apresentada no último encontro da American
Geophysical Union (AGU).

"O comportamento da grante plataforma de gelo é um importante barômetro das
mudanças climáticas globais. Contudo, para separar e quantificar efetivamente os
impactos humanos na mudança climática, devemos também entender os impactos
naturais", disse o autor da pesquisa Ralph von Frese da Ohio State University.



A região da Groelândia onde a fonte de magma foi encontrada não tinha correntes
de gelo (derretido) conhecidas. O que exatamente provocou esta nova corrente
ainda é incerto. "Correntes de gelo tem que ter alguma razão para existir, e é
surpreendente observar repentinamente uma no meio da plataforma de gelo", disse von
Frese. Essa nova fonte de magma (hotspot) - um ponto onde a crosta terrestre é
mais fina, permitindo ao magma do manto terrestre chegar mais perto da superfície -
situa-se logo abaixo da plataforma de gelo e poderia causar o derretimento, sugere
a equipe de von Frese.



Dica: Luis França (meteopt.com/forum)

A Era do Gelo e o CO2

Estudo conclui que era do gelo tinha baixa concentração de CO2
da New Scientist

Como uma grande era do gelo aconteceu quando os níveis de dióxido de carbono eram altas?

Esta é uma questão que os céticos do aquecimento global frequentemente fazem. Mas algumas vezes a resposta correta é a mais simples: acontece que os níveis de CO2 não eram assim tão altos, afinal de contas.

A era do gelo do período geológico Ordoviciano, da era Paleozóica (cerca de entre 488 a 443 milhões de anos atrás) aconteceu há 444 milhões de anos, e registros sugeriam que os níveis de CO2 eram relativamente altos nessa época.

Mas quando Seth Young, da Universidade de Indiana, em Bloomington, realizou uma detalhada análise dos níveis de carbono-13 nas pedras formadas naquele tempo, o quadro que apareceu ficou muito diferente.




O cientista descobriu que as concentrações de dióxido de carbono (CO2) eram na verdade relativamente baixas quando a era do gelo começou.

Lee Kump, da Universidade do Estado da Pensilvânia, em University Park, disse que estudos anteriores perderam a precisão porque calcularam níveis a invervalos de 10 em 10 milhões de anos, e a era do gelo durou apenas meio milhão de anos.

O pesquisador diz que uma forte atividade vulcânica depositou novas pedras de silicato na época, que tragaram CO2 do ar enquanto erodiam.

Conforme o gelo se espalhava, no entanto, o gelo gradualmente cobria as pedras, fazendo com que a erosão ficasse mais lenta e assim permitisse que o CO2 se recuperasse na atmosfera mais uma vez. Isto teria acabado por esquentar a atmosfera o suficiente para fazer terminar a era do gelo, diz Kump.

Fonte: Folha Online

quarta-feira, 10 de março de 2010

Tuvalu

Tuvalu é a menor nação do mundo, com exceção do Vaticano, e está
afundando. Os 11 mil habitantes desta pequena ilha do Pacífico
ao sul do Equador há anos observam o aumento do nivel do mar.




Os tuvalenses encaram a possibilidade de serem a primeira nação
refugiada no mundo devido à causas naturais. "Toda nossa cultura
terá de ser transplantada", disse o secretário de assuntos internacionais
Paani Laupepa. A maré alta está cada vez mais alta.



Neste fevereiro, a principal via de esfalto, de cerca de 10 km de extensão,
teve vários pontos cobertos por água.




Fonte: worlviewofglobalwarming.org

terça-feira, 9 de março de 2010

Atlântico sul mais quente

A morte de milhares de peixes e moréias na costa do Rio Grande do Norte pode
estar associada às temperaturas mais quentes que o normal do Atlântico Sul.

O superintendente regional adjunto do Ibama, Luiz Eduardo Bonilha, disse que ainda não se podia apontar se foram causas artificiais ou naturais que provocaram a mortandade dos animais marinhos, embora ele falasse em algumas hipóteses, como o aumento da temperatura da água do mar ou até envenenamento por algas marinhas tóxicas



“Em mais de 40 anos pescando nessa praia nunca vi nada do tipo, nem com moreias, nem com outros peixes. Não faço a menor ideia do que pode ter causado tantas mortes”, afirmou o pescador Sebastião da Silva, 65 anos.

O chefe do Setor de Meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), Gilmar Bristot, explicou que, realmente, a temperatura da água do mar, desde a costa do Pará e até o sul do Brasil, “está acima do normal em até 1.5 e dois graus”.

“As temperaturas do mar estão mais altas, não resta a menor dúvida”, reforçou Bristot, a respeito de uma tendência que vem se apresentando nos últimos três anos, período em que as águas do Atlântico Sul “tem apresentado valores acima do normal”.

Segundo Bristot, nos anos de 2008, 2009 e agora em 2010, a média da temperatura oceânica na costa brasileira é de 27 graus: “Já é um valor considerável”.

Fonte: anda.jor.br

Enchente em Rio Branco-AC

Agora é a vez de Rio Branco, capital do Acre. O rio Acre está 5 metros
acima do normal. 300 famílias estão desalojadas.


Foto: Angela Peres/Secom

Enchente não muda hábito carioca

No último dia 6 os cariocas tiveram um dia típico de São Paulo.
Mas mesmo assim pode-se aproveitar um barzinho à noite. Ou mesmo
um "surf urbano".

Baixo Gávea Debaixo D'água from Mellin Videos on Vimeo.



É só uma questão de adaptação...

Fonte: Bombou na Web - globo.com

segunda-feira, 8 de março de 2010

Centro de baixa pressão na costa do Brasil

Meteorologistas brasileiros à postos, na vigilha ao centro
de baixa pressão situado na costa brasileira.

Na figura abaixo, feita por Leonardo Calvetti, a análise do
GFS (linhas de corrente em 500 hPa) sobreposta a imagem
do canal de vapor d'água do GOES 12.



Observa-se o vórtice sobre o litoral paranaense.

Tromba d'água em Barra Velha - SC

Evento ocorreu ontem, 07/03, no litoral norte de Santa Catarina.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Na Austrália...

As chuvas dos últimos 3 dias provocaram, na cidade australiana de
Charleville, o que os moradores consideram a maior enchente desde 1968.



Centenas de pessoas estão desalojadas. A taxa de precipitação é
considerada alta mesmo para as estações monsônicas. Outras regiões do
país também têm registrado transtornos devido à chuva.



Fonte: abc.net.au

quarta-feira, 3 de março de 2010

As chuvas dos últimos dias

Depois da Ilha da Madeira ser destruída por eventos extremos de precipitação,
com 42 mortos e dezenas de desaparecidos, outras partes do globo também
experimentam chuvas anômalas nos últimos dias.



Quase todo o setor oeste da Europa, principalmente a França, sofreu com a
tempestade Xynthia. Morreram 51 franceses (outros 10 desaparecidos). O
presidente francês declarou estado de "catástrofe natural".



No Peru, as fortes chuvas vem provocando transtornos desde o início
do ano. Em janeiro, em Cuzco, foram 11 mortos. Ontem, mais 6, além de 20 desaparecidos.



Na última semana, a Indonésia registrou 17 mortos e dezenas de desaparecidos
vítimas de deslizamentos.



Mas o caso mais grave é o de Uganda, onde deslizamentos provocaram
mais de 100 mortos, com mais de 300 desaparecidos. De acordo com o
ministro de estado ugandês, apesar da época atual ser a estação chuvosa,
os valores são muito acima do normal.



No Brasil, o Pantanal sofre com as maiores enchentes em 15 anos.



O reflexo ocorre em Campo Grande (MS), como o ocorrido 2 dias atrás.
Foi considerado o pior temporal dos últimos 5 anos.



Ontem foi a vez de Vilha Velha (ES):



No município de São Mateus, no norte do estado, só no primeiro dia do mês
choveu 152mm, quando o normal para o mês inteiro é de 115mm.

terça-feira, 2 de março de 2010

Campo Grande: 88 mm em 80 minutos

A tempestade do último fim de semana em Campo Grande causou um
prejuízo de pelo menos R$ 11 milhões.



Somente no sábado choveu 88 mm em 80 minutos.

Fonte: folha.com.br

segunda-feira, 1 de março de 2010

Criosfera hoje

O Grupo de Pesquisa Polar da Universidade de Illinois disponibiliza
interessantes imagens da criosfera (superfície da Terra coberta por
gelo ou neve) em tempo real.

Sao imagens derivadas de satélite, de 1980 até hoje. Haja vista que
a cobertura de gelo do Artico aumentou de 2007 pra cá, torna-se
interessante fazer um comparativo com 30 anos atrás:



Se por uma lado se considera que os dados de cobertura de neve sobre o
continente de 30 anos atrás não são tão precisos como os de hoje em dia,
sabe-se que este ano se experimenta um inverno histórico no Hemisfério
Norte.

Porém, apesar do aumento da cobertura no Artico com relação aos últimos
2 anos, observa-se que ainda está abaixo da cobertura de 30 anos atrás.
Tal resultado é melhor obervado por meio de gráfico:



Fonte: http://arctic.atmos.uiuc.edu/cryosphere/

Xynthia - previsão

A previsão de que a tempestade Xynthia atingiria a Dinamarca deve se concretizar,
como mostra análise do ECMWF para hoje:

Xynthia na França

A França declarou como "desastre nacional" a forte tempestade que atingiu o país e outras nações europeias durante o fim de semana, deixando um rastro de morte e destruição.




O primeiro-ministro francês, François Fillon, disse que, com a decisão, o governo pode liberar fundos para a reconstrução de casas e outros prédios afetados.

"A prioridade agora é fazer com que todos os desabrigados fiquem em segurança, todas as pessoas que ainda estão sendo ameaçadas pelas águas, que seguem subindo", afirmou.



Muitos dos pelo menos 47 mortos franceses se afogaram enquanto dormiam, e sobreviventes tiveram que ser resgatados com helicópteros e botes.

Ventos fortes
Na manhã desta segunda-feira, o presidente da França, Nicolas Sarkozy, visitou regiões da costa oeste do país.

O ministro do Interior, Brice Hortefeux, disse que quase 10 mil funcionários dos serviços de emergência estão trabalhando ainda nesta segunda-feira para tentar encontrar sobreviventes.

Em entrevista à rádio France-info, ele afirmou que o número de mortos vai aumentar "indubitavelmente" quando for realizada a busca casa a casa. Acredita-se que pelo menos 30 pessoas estejam desaparecidas.

Mais de 1 milhão de casas estão sem eletrecidade. Nos principais aeroportos de Paris, centenas de voos foram cancelados. O sistema ferroviário francês está operando com atrasos.



A tempestade atlântica, batizada de Xynthia, chegou com chuvas torrenciais e ventos de até 147 km/h, e ainda deixou mortos em Portugal, Espanha, Bélgica e Alemanha.

A Suíça e a Holanda também foram atingidas. Os serviços de meteorologia dizem que agora a tempestade está se dirigindo para a Dinamarca.



Fonte: Texto: noticias.terra.com.br, Imagens: dailymail.co.uk