terça-feira, 29 de setembro de 2009

A Escola de Bergen: A Teoria da Frente Polar - Parte I

Apesar de muito comuns, os termos frente fria e frente quente
não são tão velhos quanto parecem: tem menos de cem anos.
E se devem, principalmente, a um grupo de cientistas reunidos
na Noruega, conhecido na história meteorológica como a Escola
de Bergen.

A história se inicia com o físico norueguês Vilhelm Bjerknes,
no final do século XIX. Vilhelm nasceu em 14/03/1862 na cidade
de Kristiania, hoje capital Oslo.



Vilhelm Bjerknes concluiu seu mestrado em 1888 na Universidade
de Kristiania, seguindo as pesquisas de hidrodinâmica de seu pai,
professor de matemática da universidade. Depois, foi
à Paris, trabalhar em difusão de onda elétrica com Jules Poincaré.
Tal trabalho o levou à Bonn, Alemanha, para junto de Heinrich
Hertz pesquisar sobre ressonância elétrica e,
consequentemente, no desenvolvimento do rádio, em 1890.
Voltou para a Noruega em 1892 e completou seu doutorado
em eletrodinâmica.


Apesar do tema de seu doutorado, a hidrodinâmica
voltou a ser seu principal interesse. Trabalhando com
dois teoremas primitivos de circulação derivados por
dois cientistas, o físico e matemático britânico William
Thomson Kelvin e o físico alemão Hermann Helmholtz,
Bjerknes entendeu que estes teoremas forneciam
conceitos vitais aos movimentos dos maiores sistemas
fluidos do planeta: a atmosfera e o oceano. A partir deles,
Bjerknes percebeu que os movimentos atmosféricos
poderiam ser matematicamente entendidos quando
a hidrodinâmica era combinada com a termodinâmica.

Bjerknes obsevou que aplicando expressões matemáticas
aos teoremas de circulação se chegava à solução do
problema físico-matemático, ou seja, a previsão do
tempo. Em um artigo em 1904 ele propôs que, dada
informação suficiente sobre o estado atual da atmosfera,
seu estado futuro poderia ser previsto. Este foi o primeiro
sinal do que viria a ser a previsão numérica do tempo.

Fonte: www.islandnet.com

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