sábado, 11 de fevereiro de 2012

Aurora Boreal de intensa atividade chega até o México

Os astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) obtiveram imagens noturnas nas quais se pode ver a luz esverdeada da aurora boreal sobre a escuridão do horizonte no Hemisfério Norte.
As imagens, tomadas entre 29 de janeiro e 3 de fevereiro, mostram centenas de cidades do México e do Golfo do México até a Costa Leste dos Estados Unidos. Também há cenas que abrangem desde o estado do Texas até a região dos Grandes Lagos, assim como o fenômeno em sua passagem pelo Canadá. As imagens foram tiradas de uma distância de 380 quilômetros a mais de 27 mil km/h, velocidade de órbita da ISS - plataforma que conta com a participação de 16 países.


A aurora é causada por partículas carregadas do sol que interagem com a atmosfera terrestre. A partir do sol e de sua atmosfera é emitida uma contínua descarga de partículas. Tal descarga ocorre quando correntes de gases carregados de elétrons adquirem velocidade alta o suficiente para escapar do campo gravitacional do sol. Quando essas partículas carregadas (íons e elétrons) viajam pelo espaço são conhecidas como vento solar e, ao se aproximar da Terra, interagem com o campo magnético terrestre, perturbando-o. Esse distúrbio favorece a entrada das partículas carregadas na atmosfera superior, acarretando na colisão com os gases atmosféricos. Esses gases então tornam-se excitados e emitem radiação visível (luz), deixando o céu a brilhar como luz neon, o que conhecemos como Aurora (Aurora Boreal no Hemisfério Norte e Aurora Austral no Hemisfério Sul). A Aurora é mais frequentemente vista nas regiões polares, onde as linhas do campo magnético emergem do planeta.

Durante os períodos de atividade solar, quando inúmeras manchas solares (pontos mais frios da superfície do sol) e gigantes labaredas (erupções solares), grande quantidade de partículas escapam do sol em altas velocidades (centenas de km por segundo) e viajam pelo espaço. Nestas situações, a Aurora é observada muito mais ao sul (especialmente na América do Norte, como mostra o vídeo) do que o normal.


Fonte: br.noticias.yahoo.com; Ahrens, C. D., Essentials of Meteorology, 2011, 506 p.

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