O vídeo abaixo é do famoso tornado ocorrido em Indaiatuba/SP em (24/05/2005)
e considerado o maior registro deste tipo de fenômeno no Brasil.
Estima-se que seja um F3, o que o torna ainda mais raro no Brasil.
domingo, 15 de novembro de 2009
sábado, 14 de novembro de 2009
Tromba D'água na Lagoa dos Patos
Registro feito em São José do Norte, em 27/03/2009.
São eventos raríssimos naquela região do Rio Grande do Sul.
Filmado por Alessandro Coelho e postado por Renato Morrison.
São eventos raríssimos naquela região do Rio Grande do Sul.
Filmado por Alessandro Coelho e postado por Renato Morrison.
A Meteorologia e a observação astronômica amadora
Texto de Vlamir da Silva Junior:
A Meteorologia e a observação astronômica amadora
Muitas pessoas imaginam que basta um céu limpo, sem nuvens e sem a poluição luminosa das cidades para conseguir uma boa noite de observação astronômica. A realidade é bem diferente disto.
Algumas situações como a passagem de uma frente fria e a entrada de uma forte massa de ar frio, ou seja, com uma alta pós-frontal intensa, costuma deixar o céu limpo e bem transparente. Até mesmo em áreas suburbanas de uma grande Metrópole como em algum município da Grande São Paulo já é possível notar uma leve melhora na transparência do céu, só com a passagem de um anticiclone como este. Algumas estrelas de brilho mais fraco começam a querer aparecer, numa luta constante contra a desanimadora poluição luminosa. No entanto uma boa imagem planetária ao telescópio, ou uma boa sessão de fotografia planetária, exige muito mais do que um anticiclone pós-frontal.
Em muitas situações de anticiclones pós-frontais atuando sobre a área de observação, é comum notar ao focar um telescópio em um planeta como Júpiter, Marte ou Saturno, uma significativa efervescência da imagem. Para entender o que seria esta efervescência, basta olhar o asfalto distante num dia de sol e muito calor. As imagens parecem tremular. O mesmo costuma acontecer ao olhar estes planetas num telescópio quando estamos sob a influência de um anticiclone pós-frontal. Este efeito parece ser até mais ampliado quando olhamos um vídeo do planeta numa sessão fotográfica. Este efeito de efervescência da imagem é chamado de turbulência pelos astrônomos. Isto acaba com os detalhes nas imagens planetárias e quanto mais forte esta turbulência, menos detalhes é possível observar no disco planetário.
Outra situação que dificulta uma observação ou sessão fotográfica planetária, é quando sobre a área de observação atua algum jato em altitude, seja ele o Jato Subtropical ou o Jato Polar. Estes jatos costumam causar a mesma turbulência descrita anteriormente. Quando numa análise sinótica ou previsão de tempo há uma previsão de atuação de um destes jatos, desconfiem da noite estrelada.
Um terceiro fator bem ruim para a observação, diz respeito a circulação local, mais especificamente a circulação vale-montanha. O lado da montanha com escoamento dos ventos que está mais turbulento é o pior local para observação. A figura abaixo é o suficiente para ilustrar isto. Imagem copiada do site do Astrofotógrafo Damian Peach: http://www.damianpeach.com/seeing1.htm
É comum as melhores noites de observação ocorrerem quando temos um anticiclone de bloqueio atuando sobre a área de observação, o que as vezes acontece no inverno e costuma deixar uma massa de ar estagnada e estável durante vários dias e noites. Este tipo de anticiclone pode ser bem ruim para a saúde, já que costuma estar associado com inversão térmica e aprisionamento de poluentes nas grandes cidades. Mas é justamente neste tipo de situação onde muitos astrônomos amadores conseguem bons resultados em suas observações planetárias ou sessões fotográficas.
Também é comum as melhores observações e fotografias planetárias ocorrerem antes da formação de nevoeiros no local de observação, o que está diretamente associado com a estabilidade atmosférica e pouco vento, situações ideais para não haver a efervescência da imagem, esta turbulência também chamada por vezes de ‘seeing’ no jargão astronômico.
Outro fator a ser considerado é o caminho óptico da luz. Quanto maior a camada da atmosfera terrestre que a luz vinda de um planeta tiver que atravessar, maior a chance de haver turbulência ou ‘seeing’ ruim. Portanto as melhores observações ocorrem quando o planeta está mais elevado ou mesmo próximo do zênite.
Vale lembrar que para observações de planetas brilhantes como Júpiter, Marte, Vênus e Saturno, a poluição luminosa das grandes cidades não tem efeito significativo como no caso de observação de objetos de céu profundo (nebulosas, galáxias e aglomerados de estrelas mais difíceis), portanto planetas são alvos prediletos dos observadores urbanos.
Por fim, uma forma rápida de se obter uma medida subjetiva desta turbulência ou seeing, consiste em observar as estrelas a olho nu. Se muitas estrelas estão cintilando perto do zênite, a situação está ruim, se apenas as que estão mais baixas estão cintilando e as outras próximas do zênite estão cintilando de forma mais lenta e calma, talvez seja uma noite razoável ou boa para observação ou fotografia. Além disto tudo, mesmo com muitos fatores contra a observação perfeita, é comum durante a mesma noite a turbulência variar de tal forma que mesmo uma noite ruim pode, em alguns minutos ou segundos, nos presentear com belos detalhes planetários. Por isto muitos amadores ficam observando horas e horas a espera do melhor momento para dar início a uma filmagem planetária ou captar com os olhos os melhores e finos detalhes para passar para o papel e registrar aquele momento.
Vlamir da Silva Junior,
Meteorologista de formação e Astrônomo Amador por paixão.
Texto feito com base na experiência e através de dicas lidas em livros como no livro The Planet Observer’s Handbook, por Fred W. Price.
A Meteorologia e a observação astronômica amadora
Muitas pessoas imaginam que basta um céu limpo, sem nuvens e sem a poluição luminosa das cidades para conseguir uma boa noite de observação astronômica. A realidade é bem diferente disto.
Algumas situações como a passagem de uma frente fria e a entrada de uma forte massa de ar frio, ou seja, com uma alta pós-frontal intensa, costuma deixar o céu limpo e bem transparente. Até mesmo em áreas suburbanas de uma grande Metrópole como em algum município da Grande São Paulo já é possível notar uma leve melhora na transparência do céu, só com a passagem de um anticiclone como este. Algumas estrelas de brilho mais fraco começam a querer aparecer, numa luta constante contra a desanimadora poluição luminosa. No entanto uma boa imagem planetária ao telescópio, ou uma boa sessão de fotografia planetária, exige muito mais do que um anticiclone pós-frontal.
Em muitas situações de anticiclones pós-frontais atuando sobre a área de observação, é comum notar ao focar um telescópio em um planeta como Júpiter, Marte ou Saturno, uma significativa efervescência da imagem. Para entender o que seria esta efervescência, basta olhar o asfalto distante num dia de sol e muito calor. As imagens parecem tremular. O mesmo costuma acontecer ao olhar estes planetas num telescópio quando estamos sob a influência de um anticiclone pós-frontal. Este efeito parece ser até mais ampliado quando olhamos um vídeo do planeta numa sessão fotográfica. Este efeito de efervescência da imagem é chamado de turbulência pelos astrônomos. Isto acaba com os detalhes nas imagens planetárias e quanto mais forte esta turbulência, menos detalhes é possível observar no disco planetário.
Outra situação que dificulta uma observação ou sessão fotográfica planetária, é quando sobre a área de observação atua algum jato em altitude, seja ele o Jato Subtropical ou o Jato Polar. Estes jatos costumam causar a mesma turbulência descrita anteriormente. Quando numa análise sinótica ou previsão de tempo há uma previsão de atuação de um destes jatos, desconfiem da noite estrelada.
Um terceiro fator bem ruim para a observação, diz respeito a circulação local, mais especificamente a circulação vale-montanha. O lado da montanha com escoamento dos ventos que está mais turbulento é o pior local para observação. A figura abaixo é o suficiente para ilustrar isto. Imagem copiada do site do Astrofotógrafo Damian Peach: http://www.damianpeach.com/seeing1.htm
É comum as melhores noites de observação ocorrerem quando temos um anticiclone de bloqueio atuando sobre a área de observação, o que as vezes acontece no inverno e costuma deixar uma massa de ar estagnada e estável durante vários dias e noites. Este tipo de anticiclone pode ser bem ruim para a saúde, já que costuma estar associado com inversão térmica e aprisionamento de poluentes nas grandes cidades. Mas é justamente neste tipo de situação onde muitos astrônomos amadores conseguem bons resultados em suas observações planetárias ou sessões fotográficas.
Também é comum as melhores observações e fotografias planetárias ocorrerem antes da formação de nevoeiros no local de observação, o que está diretamente associado com a estabilidade atmosférica e pouco vento, situações ideais para não haver a efervescência da imagem, esta turbulência também chamada por vezes de ‘seeing’ no jargão astronômico.
Outro fator a ser considerado é o caminho óptico da luz. Quanto maior a camada da atmosfera terrestre que a luz vinda de um planeta tiver que atravessar, maior a chance de haver turbulência ou ‘seeing’ ruim. Portanto as melhores observações ocorrem quando o planeta está mais elevado ou mesmo próximo do zênite.
Vale lembrar que para observações de planetas brilhantes como Júpiter, Marte, Vênus e Saturno, a poluição luminosa das grandes cidades não tem efeito significativo como no caso de observação de objetos de céu profundo (nebulosas, galáxias e aglomerados de estrelas mais difíceis), portanto planetas são alvos prediletos dos observadores urbanos.
Por fim, uma forma rápida de se obter uma medida subjetiva desta turbulência ou seeing, consiste em observar as estrelas a olho nu. Se muitas estrelas estão cintilando perto do zênite, a situação está ruim, se apenas as que estão mais baixas estão cintilando e as outras próximas do zênite estão cintilando de forma mais lenta e calma, talvez seja uma noite razoável ou boa para observação ou fotografia. Além disto tudo, mesmo com muitos fatores contra a observação perfeita, é comum durante a mesma noite a turbulência variar de tal forma que mesmo uma noite ruim pode, em alguns minutos ou segundos, nos presentear com belos detalhes planetários. Por isto muitos amadores ficam observando horas e horas a espera do melhor momento para dar início a uma filmagem planetária ou captar com os olhos os melhores e finos detalhes para passar para o papel e registrar aquele momento.
Vlamir da Silva Junior,
Meteorologista de formação e Astrônomo Amador por paixão.
Texto feito com base na experiência e através de dicas lidas em livros como no livro The Planet Observer’s Handbook, por Fred W. Price.
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turbulência
sexta-feira, 6 de novembro de 2009
Storm Chasers
No meio do caminho tinha um tornado...
Mais um belo registro dos Caçadores de Tempestades.
Até mais.
Mais um belo registro dos Caçadores de Tempestades.
Até mais.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Torres Quentes
Nas grandes nuvens cumulonimbus presentes nas
ondas equatoriais as correntes ascendentes são
protegidas do entranhamento pelas nuvens menores
ao redor.
Fonte da figura: ourlifeatsea.com
Desta forma, elas podem penetrar quase até a tropopausa
sem nenhuma diluição pelo ar ambiente. Esses núcleos
de CBs equatoriais são conhecidos por "torres quentes"
(hot towers).
Fonte da figura: uk.encarta.msn.com
Como as torres quentes são responsáveis por boa parte
do transposrte vertical de calor e massa acima da camada
limite sobre a ZCIT (Zona de Converência Intertropical)
- e os distúrbios ondulatórios contém a maior parte das
áreas de precipitação convectiva ativa na ZCIT - é óbvio
que as ondas equatoriais exercem um papel essencial na
circulação geral da atmosfera.
Fonte da figura: nasa.gov
Fonte: Holton (1992)
ondas equatoriais as correntes ascendentes são
protegidas do entranhamento pelas nuvens menores
ao redor.
Fonte da figura: ourlifeatsea.com
Desta forma, elas podem penetrar quase até a tropopausa
sem nenhuma diluição pelo ar ambiente. Esses núcleos
de CBs equatoriais são conhecidos por "torres quentes"
(hot towers).
Fonte da figura: uk.encarta.msn.com
Como as torres quentes são responsáveis por boa parte
do transposrte vertical de calor e massa acima da camada
limite sobre a ZCIT (Zona de Converência Intertropical)
- e os distúrbios ondulatórios contém a maior parte das
áreas de precipitação convectiva ativa na ZCIT - é óbvio
que as ondas equatoriais exercem um papel essencial na
circulação geral da atmosfera.
Fonte da figura: nasa.gov
Fonte: Holton (1992)
O ponto de partida da meteorologia moderna
Em 1854 um navio de guerra francês e outros 38 navios mercantes
afundaram devido à uma violenta tempestade próxima ao porto de
Balaklava.O diretor do Observatório de Paris foi chamado a investigar
o desastre e, checando os registros meteorológicos, verificou que
a tempestade havia se formado dois dias antes da tragédia e que a
mesma havia varrido o continente Europeu, vinda de sudeste.
Imagem ilustrativa
Se um sistema de rastreamento de tempestades tivesse sido
implantado, as embarcações teriam sido avisadas de qualquer
perigo eminente. Como resultado do ocorrido, o serviço
nacional de alertas de tempestades foi montado na França.
Este fato é reconhecido como o ponto de partida da meteorologia
moderna, i.e., a previsão de tempestades severas.
Fonte: Rose Potter
afundaram devido à uma violenta tempestade próxima ao porto de
Balaklava.O diretor do Observatório de Paris foi chamado a investigar
o desastre e, checando os registros meteorológicos, verificou que
a tempestade havia se formado dois dias antes da tragédia e que a
mesma havia varrido o continente Europeu, vinda de sudeste.
Imagem ilustrativa
Se um sistema de rastreamento de tempestades tivesse sido
implantado, as embarcações teriam sido avisadas de qualquer
perigo eminente. Como resultado do ocorrido, o serviço
nacional de alertas de tempestades foi montado na França.
Este fato é reconhecido como o ponto de partida da meteorologia
moderna, i.e., a previsão de tempestades severas.
Fonte: Rose Potter
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previsão do tempo,
tempestades
terça-feira, 3 de novembro de 2009
Análise Matemática da Guerra, por Richardson
Lewis Richardson foi o pioneiro na previsão numérica do tempo; foi
ele que em 1922 realizou o experimento em que as equações diferenciais
eram resolvidas por métodos numéricos para que se obtesse um prognóstico.
Além disso, contribui para a ciência meteorológica de outras formas,
como no campo da turbulência.
O que nem todos sabem é que ele propôs a análise matemática da guerra.
Pacifista, aplicou seus conhecimentos matemáticos no entendimento das
raízes dos conflitos internacionais.
Por esta razão, hoje ele é conhecido como fundador, ou co-fundador,
da chamada "análise científica do conflito". Assim como feito com a
meteorologia, ele analizou a guerra usando principalmente equações
diferenciais e teoria de probabilidade.
Considerando o armamento de duas nações, Richardson elaborou um sistema
idealizado de equações em que a taxa de armamento necessária de uma nação
é proporcional a quantidade de armas de seu rival e ao descontentamento
sentido pela nação rival, e inversamente proporcional a quantidade de armas
já possuídas.
A solução deste sistema de equações permite conclusões criteriosas a serem
projetadas de acordo com a natureza e a estabilidade (ou instabilidade)
das várias condições hipotéticas que podem ocorrer entre as nações.
Ele também indicou que a teoria sobre a tendência de uma guerra entre
duas nações era função da extensão da fronteira entre elas. E nos trabalhos
Arms and Security (1949) e Statistics of Deadly Quarrels (1950) ele analisou
estatisticamente as causas da guerra - fatores como: economia, linguagem e
religião.
Fonte: Answers.com
ele que em 1922 realizou o experimento em que as equações diferenciais
eram resolvidas por métodos numéricos para que se obtesse um prognóstico.
Além disso, contribui para a ciência meteorológica de outras formas,
como no campo da turbulência.
O que nem todos sabem é que ele propôs a análise matemática da guerra.
Pacifista, aplicou seus conhecimentos matemáticos no entendimento das
raízes dos conflitos internacionais.
Por esta razão, hoje ele é conhecido como fundador, ou co-fundador,
da chamada "análise científica do conflito". Assim como feito com a
meteorologia, ele analizou a guerra usando principalmente equações
diferenciais e teoria de probabilidade.
Considerando o armamento de duas nações, Richardson elaborou um sistema
idealizado de equações em que a taxa de armamento necessária de uma nação
é proporcional a quantidade de armas de seu rival e ao descontentamento
sentido pela nação rival, e inversamente proporcional a quantidade de armas
já possuídas.
A solução deste sistema de equações permite conclusões criteriosas a serem
projetadas de acordo com a natureza e a estabilidade (ou instabilidade)
das várias condições hipotéticas que podem ocorrer entre as nações.
Ele também indicou que a teoria sobre a tendência de uma guerra entre
duas nações era função da extensão da fronteira entre elas. E nos trabalhos
Arms and Security (1949) e Statistics of Deadly Quarrels (1950) ele analisou
estatisticamente as causas da guerra - fatores como: economia, linguagem e
religião.
Fonte: Answers.com
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